quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Deixa-me — (Um Arco-íris Poético)


In: Poesia Reunida, No Fim do arco-íris, Poema integrado na coletânea poética: Um Arco-íris poético; um lançamento Pastelaria Estúdios Editora.




Deixa-me pintar o mundo nos meus olhos

e ver defronte um arco iriz infinito.

Amar é ter asas para chegar tão longe como o sonho
e depois de voar, pousar certamente sem medo…

Deixa-me morrer de amor e de alegria,
segundo a segundo, momento a momento,
porque se quer, porque se sente.
E eu sinto… Sentes?

Deixa-me sonhar-te mais um pouco,
imaginar-te a tocar aquela linha entre o céu e o mar,
para trazeres aquela estrela que te saiu da mão
num sopro, num sorriso todo teu…

Deixa-me escrever e descrever
o que não dizes, o que não digo.
Aquele segredo nosso, que nos cabe num poema
e que nos vive nos abraços tão cheios de espaço
para amar…



Deixa-me colher flores no jardim
e plantar sonhos perfumados,
para que os possamos concretizar quando formos borboletas
e o amor nos devolver as asas que os desencantos nos teimam em roubar.

Deixa-me tocar-te as pálpebras e descobrir as cicatrizes do que já te aconteceu.
Eu vou deixar que toques as minhas cicatrizes,
para que percebas que também já fui ferida em batalhas,
mas ainda sou capaz de amar e voar,
porque o coração tem asas que só o amor lhe dá -  eu sinto, sentes?


Deixa-me sonhar mais um momento. 
O relógio ainda não parou, e a vida começa agora,
num passo rumo ao desejo de continuar…
Continua comigo, que ainda não chegámos ao fim deste imenso que somos,
e eu ainda espero por voltar a ver o teu sorriso.

Deixa-me contar as estrelas mesmo que sejam distantes.

Que elas acreditam, se lhes disser,
que como este, tenho mais mil poemas por escrever…

 

Peço-te: continua comigo,
que ainda há um verso guardado por escrever.
E nós somos cúmplices do tempo,
e o que nos une, é tudo o que deixámos acontecer…

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