terça-feira, 2 de junho de 2020

Pingos de Chuva

    

Leva-me, meu amor, embalada nos pingos de chuva,
e diz-me que o sol volta já amanhã,
quando voltares.

E volta, meu amor, que eu guardo o reflexo da lua na minha pele
para que me molhes com a chuva dos teus desejos
que eu sei que ainda guardas em ti.

Sonha-me, meu amor, que te não esqueço,
e se puderes,
leva-me no teu peito, junto ao coração que me juraste,
 em cada madrugada minha que te dei.
 
Depois, devagarinho, ilumina-me.
que as noites em que te sonho, são as noites que desejo que se alonguem no meu corpo,
e que no teu corpo sejam constantes os desejos de nós.

Se, meu amor, os meus beijos se dissolverem nos pingos de chuva, por acaso,
não julgues que te não desejo.
É que se amar- te mais eu pudesse, não me sobraria um pingo de força para ser corpo,
todas as vezes que ao invés do teu corpo, ao meu lado, se deita a solidão.


                    *                   

    

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