Depois de tomar um farto pequeno almoço, David e os outros
ninjas puseram-se a caminho. A viajem seria longa, e teriam de a fazer com
muito cuidado. Principalmente quando entrassem no território dos outros ninjas,
situação que se verificou tão logo passaram a montanha de Darin, local onde,
segundo a lenda, todos os ninjas encontravam as respostas para as suas dúvidas
relativas ao caminho a seguir, e onde faziam as suas escolhas.
Quando já se encontravam no território de outros ninjas, Haran e os outros ninjas que os acompanharam assumiram a sua invisibilidade, uma capacidade totalmente ninja. David olhou para onde esperava ver Haran, porque deixara de ver a sombra lado a lado com a sua.
Quando já se encontravam no território de outros ninjas, Haran e os outros ninjas que os acompanharam assumiram a sua invisibilidade, uma capacidade totalmente ninja. David olhou para onde esperava ver Haran, porque deixara de ver a sombra lado a lado com a sua.
- Haran?
- Estou aqui, rapaz. Não te esqueças que tens de ficar
invisível.
- Não sei se consigo. Não me esqueci, mas não sei se
consigo.
- Consegues, Kiroan. Eu sei que consegues. O segredo é só
acreditar. E tu acreditas, não acreditas?
O jovem olhou em volta, na espectativa de ainda ver algum
dos seus companheiros, mas não vislumbrou nenhum. Podia sentir-lhes a presença,
e dessa forma saber onde estava cada um deles, mas não via ninguém. Assim, e
sentindo uma força como nunca sentira, encarou a presença de Haran e com uma
voz profunda disse: - Eu, acredito!
E o lugar onde estivera Kiroan, era agora apenas paisagem
verdejante. Tornara-se tão invisível como os outros.
O que diferenciava o jovem ninja dos outros, era que ele,
era o único que conseguia não ser detetado pelos olhos perscrutadores da
serpente incandescente. Aqueles olhos que ela tinha, de um âmbar estranhamente
maléfico conseguiam, contrariamente aos olhos dos humanos, ver onde é que os
ninjas invisíveis estavam. Mas Kiroan, não. Ele era por isso o único a poder
passar por ela, mostrar-lhe o espelho que a apagaria, e, porque ela ficaria sem
quaisquer forças, ele poderia retirar o sabre do seu avô.
Quando chegaram a Talan, o templo da serpente e dos ninjas
que haviam roubado o sabre, estes não os
podiam ver. Kiroan, haran e os demais, continuavam invisíveis, o que fazia com
que os outros, embora os pudessem sentir, não os pudessem ver, dificultando
muito mais a batalha que ali aconteceria.
Cada ninja sabia o que fazer. Haran e Kiroan procurariam e
encontrariam o caminho para os confins daquele templo, lá onde a serpente
guardava noite e dia o sabre de luz. E enquanto isso, os outros ninjas,
ficariam à superfície a entreter numa batalha quase toda feita de toca e foge,
os ninjas causadores de toda aquela desunião.
Tal como previram, Kiroan, acompanhado por Haran, passaram
sem problema pelos ninjas do templo de Talan. Eram demasiadas presenças de
ninjas invisíveis que haviam chegado quase em catadupa, os ninjas nem se deram
conta que dois dos recém-chegados haviam ido mais longe que o pretendido.
Entretidos que estavam naquela batalha, nem se deram conta
de nada, e assim deram tempo aos outros dois, para entrarem pelo alçapão e
descerem as íngremes escadas que os conduziriam a sala da serpente. Um cheiro a
terra molhada, umidade e mais qualquer coisa que não lhes era possível detetar
subia-lhes ao nariz. Era um cheiro propício
a ser ignorado, pensaram enquanto seguiam caminho.
A certeza que seguiam pelo caminho que os levaria ao que
pretendiam encontrar, tiveram-na quando, ao terminar as escadas, os seus pés
tocaram o chão plano, e, ao fundo do corredor, uma luz forte e que mais parecia
jorrar de um local que ainda não
conseguiam ver, devido à porta da sala estar entreaberta, espalhava-se por todo
o lado, indicando que estavam muito
perto do alvo.
(…)
Estamos a chegar ao
fim,
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