domingo, 23 de dezembro de 2012

Teatro

 

Caiu o pano,

baixou-se a cortina e apagaram-se as luzes.

Vamos embora, só fica quem quiser…

amanhã é outro dia, e só volta quem puder;

quem se dispuser a ver mais uma peça de teatro,

uma história de vida,

um drama daqueles de elevar o coração - talvez voltem amanhã…

Talvez sim… talvez não!

 

Abandonaram-se os lugares;

quais humanos entregues ao naufrágio dos dias…

mas tu não vias as coisas desta forma, não é?

Suponho que não, tu as não vias!

 

Os lugares confortavam corpos cansados…

e as almas dos que se foram,

quem é que as confortou?

É que aqui só ficou a lembrança da peça de teatro…

Nada mais cá ficou!

 

Eu vou também.

Amanhã, dizem os que sabem, que é outro dia.

Amanhã há tempo pra outro ato…

outra peça, outro teatro;

outro tempo, que não havia!

 

*

 

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