terça-feira, 2 de agosto de 2011

quantas vezes

Quantas batalhas travei...
Em quantas delas não venci?
Foram tantas que nem sei...
Tantas batalhas que perdi.

Quantas barreiras saltei?
Quantas muralhas subi...
Foram infinitas talvez...
A sua conta já perdi.

Quantas feridas sarei..
. Por quantas delas sofri...
Por todas elas chorei...
Mas por elas não desisti.

Em quantas guerras lutei...
De quantas guerras mais fugi...
De todas elas me levantei, mas senti a dor quando caí.
Mais de mil noites em claro passei,
a embalar o resto que havia em mim...
A lamentar o que não dei,
e a recordar o que me deram no fim.

Com quantas marcas fiquei...
Quantas estão gravadas aqui...
Eu só sei que não as apaguei...
Tal como o tempo, não me apagou a mim.

Quantos abraços não abracei...
Quanto da vida eu perdi...
Foram tantos os sonhos que não sonhei...
Como quantos foram os poemas que não escrevi.

Quantas horas eu já passei...
A escrever sobre mim...
Foram tantas que não contei...
Porque de nada valem no fim.

Quantos dos medos sufoquei...
Por quantos deles me retraí...
Por quantos mais medos não avancei...
Porque medo dos medos eu senti.

Quantas portas eu não fechei...
Mas quantas me fecharam a mim...
Quantos desejos não desejei...
E quantos desejos aos outros cumpri.

Quantas vezes eu perdoei...
Quantas não me perdoaram a mim...
Já não interessa!
porque eu já ultrapassei...
E quem perdoa, ganha no fim!


fim.

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