Sou a noite e o vento, que revira os teus sentidos.
Sou a sombra da certeza que te invade
e toca os teus medos mais escondidos.
Sou o lado mais deserto da tua alma em harmonia.
Sou o teu porto de abrigo;
vê lá tu, eu nem sabia!
Sou quem te traz e quem te leva, em braços por entre a tempestade.
Sou quem mais conhece de ti - a ferida da tua saudade.
Sou o teu diário escondido no meio do nada…
sou a linha do poema já feito… sou uma porta fechada.
Sou a letra da música que te embala os sentidos…
sou guerreira e defensora, dos teus sonhos proibidos.
Sou a sede que te seca os lábios, cheios de vontades caladas…
sou o toque das essências que te envolvem, mais suaves e perfumadas.
Sou o telefone na tua agenda, e a carta esquecida de enviar…
sou papel de embrulho sem ter prenda…
sou laço solto, sem se enlaçar.
Sou a noite da tua consciência mais reprimida;
sou o tédio que te corta a postura.
Sou o pensamento do fim da tua vida,
e sou o pilar, da tua alma tão certa e segura.
Ao fim ao cabo, não sou mais do que o que sou…
não sou certo nem errado… não estou aqui nem noutro lado…
sou o tempo que acabou.
Sou a promessa deitada fora, sou a caneta que não tem tinta,
sou o que fica e não vai embora… e sou aquela que te faz a finta.
Sou o poema que não escreves, sou o livro que tu não lês…
sou o teu caso arrumado - eu sou o resto que tu não és.
Sou a insignificância da tua vida, sou o gesto da tua vontade.
Eu não sou mais do que o que queria, porque sou possuidora da tua verdade.
Não sou o dialeto da tua sabedoria,
nem a filosofia do teu viver…
mas sou a química que tu sentias,
e a história que pudeste querer.
*
Num estilo que é só teu... provas aquilo que és capaz e sabes fazer... palavras lindas da cor do céu... quem as lê concerteza feliz o irás fazer! Continua!
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